O desdobramento contínuo do cinema em infinitas experimentações é a base que sustenta e anima o Festival DOBRA.
Um desdobramento que não cessa de produzir novas obras, sempre abertas a uma imaginação criadora que enfrenta as urgências do ser e do mundo dobrando as formas, mudando os planos e traçando outras direções para os desafios da linguagem cinematográfica.
Com esperança, persistência e coragem anunciamos a chegada da oitava edição do DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental. Atravessado pelas cores e os sonhos da primavera, o festival traz para o público carioca um conjunto de filmes, nos formatos analógicos e digitais, lançamento de livros, oficinas de criação e debates em torno das múltiplas poéticas de invenção de vida que abarcam o cinema experimental.
Para celebrar o tão desejado retorno ao presencial apresentamos para o público uma programação onde os participantes poderão vivenciar o êxtase das projeções analógicas no programa super 8 Pequenas notas sobre pequenos gestos, com curadoria de Tetsuya Maruyama, e na performance 16mm Iluminuras Noturnas, de Cristiana Miranda; aprofundar a reflexão de Lucas Murari e Elio Della Noce na Sessão Natureza Expandida, acompanhada do lançamento do livro “Expanded Nature – Écologies du cinéma expérimental”; assim como percorrer as vias desbravadas pela experimentação contemporânea nos quatro programas temáticos da Convocatória 2022, contando com a mediação de Aaron Cutler e Mariana Shellard (Mutual Films) no debate após o programa Poéticas do cinema experimental.
Nesse tempo de mudanças, o cinema permanece sendo um caminho aberto para aprofundar, ampliar e vivificar o mundo em novas redes de afeto e atos de criação. Nas margens da Guanabara, confirmamos a vocação carioca de fazer do Rio de Janeiro uma cidade de invenções e encontros, agradecendo por estar com as portas da Cinemateca do MAM-Rio abertas para mais uma celebração da arte em suas muitas formas e experimentações audiovisuais. Sejam bem vindes aos abraços redobrados e experimentais, aos encontros de corpos presentes, ao infinito vertical dos oito anos de nosso festival.
Cristiana Miranda, setembro 2022.
Cinema’s continuous unfolding into infinite experimentations is the foundation that supports and animates the DOBRA Festival.
An unfolding that never ceases to produce new works that are always open to a creative imagination that faces the urgencies of being and of the world, bending forms, changing shots, and drawing new directions for the challenges of cinematic language.
It is with hope, persistence, and courage, that we announce the DOBRA – International Experimental Film Festival’s eighth edition.
Permeated by the colors and dreams of spring, the festival brings to the public of Rio de Janeiro a set of films, in both analogue and digital formats, book launches, creative workshops, and debates surrounding the multiple poetics of the invention of life that encompass experimental cinema.
To celebrate the much-awaited return of in-person activities, we present to the public a program where participants will be able to experience the ecstasy of analogue projections in the super 8 program Small notes on small gestures, curated by Tetsuya Maruyama, and in the 16mm performance Nocturnal Illuminations; deepen Lucas Murari’s and Elio Della Noce’s reflections in the Expanded Nature Session, accompanied by the book launch of “Expanded Nature – Écologies du cinéma expérimental”; as well as roam the paths drawn by the contemporary experimentation in the four thematic programs of the 2022 film selection, with a debate following the Poetics of experimental cinema program mediated by Aaron Cutler and Mariana Shellard (Mutual Films).
In this time of change, cinema continues to be an open path to deepen, amplify, and enliven the world in new networks of care and acts of creation. On the banks of the Guanabara bay, we confirm Rio de Janeiro’s vocation in being a city of inventions and encounters, and we are grateful that the MAM-Rio Cinematheque’s doors are open in yet another celebration of art in its many forms and audiovisual experimentations. Welcome to the enfolding and experimental embraces, to the encounters of present bodies, to the vertical infinity of the eight years of our festival.
Cristiana Miranda, September 2022